segunda-feira, 12 de abril de 2010

MANUEL BRAVO




















  • Nasceu em Lisboa, freguesia de Camões, em 1 de Julho de 1913 e faleceu, nesta cidade, em 14 de Novembro de 1997;
  • Frequentou e terminou o Ensino Secundário, no Liceu Camões, em 1930, com a classificação final de 15 valores;
  • Frequentou o Instituto Superior Técnico, ainda na Rua da Boavista, concluindo o curso de engenharia civil, em 1937, nas actuais instalações, com a classificação final de 16 valores;
  • Fez o Doutoramento, apresentando-se às provas públicas finais, em 2 de Julho de 1955, obtendo a classificação final de 17 valores;

ACTIVIDADE PROFISSIONAL

  • 1937-1941 – Ao serviço da Sociedade de Empreitadas e Trabalhos Hidráulicos, Lda., associada à firma dinamarquesa Hojgaard & Schultz, de Copenhaga, para a construção da Barragem de Vale do Gaio (Barragem Trigo de Morais), onde desempenhou, sucessivamente, as funções de Engenheiro-Chefe, Director-Técnico Adjunto e Director Técnico;
  • 1941 – 1945 – Ao serviço da Companhia do Papel do Prado, em Tomar (freguesia da Pedreira) onde efectuou diversas obras de transformação, desempenhando as funções de Engenheiro-Chefe da Fabricação;
  • 1945 – 1984 – Ingressou no Instituto Superior Técnico, como Assistente além do quadro (2º Assistente), a convite do Director, Prof. Engº José Bélard da Fonseca, exercendo simultaneamente a profissão liberal, sendo 1º Assistente, Professor Auxiliar e Professor Associado; jubilou-se em 30 de Junho de 1983 (Última Lição), permanecendo ainda mais um ano, fazendo parte dos Júris de Mestrados e Doutoramentos;

ACTIVIDADE DOCENTE

  • Iniciou a actividade docente como 2º Assistente da Cadeira de Estabilidade das Estruturas, em Novembro de 1945, simultaneamente com a Cadeira de Construções Civis, II parte, ambas regidas pelo Prof. Engº José Bélard da Fonseca;
  • De Fevereiro de 1946 a 1956 foi-lhe confiada a regência da Cadeira de Construções Civis, II parte (Betão Armado) e desde 1956 em diante (por alteração da designação da Cadeira, devido à reforma dos estudos), a Cadeira de Betão Armado e Pré-Esforçado, até à sua Jubilação;
  • Foi igualmente incumbido das regências das seguintes Cadeiras:

Estabilidade das Estruturas (1957 a 1970) e Edificações (1970 a 1974);

  • Por Portaria Ministerial foi nomeado vogal dos júris de exames de admissão ao estágio das Escolas Industriais (8º Grupo), de 1950/53);
  • Acompanhou os alunos finalistas em várias missões de estudo:

1950 – Espanha, França e Itália;

1952 – Espanha e França;

1970 – Tailândia, Filipinas, Japão (Expo 70 – Osaka), Hong-Kong, Macau e Líbano;

1971 – Estados Unidos da América, tendo visitado diversos empreendimentos e as Universidades de Columboa (Nova Iorque) e o Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Boston;

  • De 1974 a 1979 foi o Representante da especialidade de Engenharia Civil, na Comissão de Equivalências;
  • Foi representante, eleito, do Departamento de Engenharia Civil, na Comissão Consultiva do Conselho Científico;
  • Foi membro da Comissão Directiva do Departamento de Estruturas e Construção;
  • Foi vogal de diversos Júris de Mestrados e Doutoramentos, no IST, nomeadamente, dos Profs. A. Canha da Piedade e Artur Bezelga;
  • Foi membro da Comissão Executiva da Fundação Edgar Cardoso;
  • Foi Monitor do Curso de Formação Profissional nº 509-LNEC – Maio de 1975 (Revestimentos com pedras naturais ou artificiais);
  • Foi Monitor do Curso de Betão Armado e Pré-Esforçado, LNEC – 1978 (Lisboa, Porto e Coimbra);
  • Participou, a título pessoal, como Perito, em pleitos judiciais, bem como em organismos de carácter técnico, nomeadamente:

- Membro da Delegação Portuguesa ao Congresso de Normalização (ISSO), International Standards Organization, Paris – 1949;

- Presidente do Grémio Regional dos Industriais de Construção Civil e Obras Públicas do Sul – 1959 – 1965;

- Vogal do Conselho Consultivo do Fundo de Desenvolvimento de Mão-de-Obra – 1964 – 1967;

- Vogal do Conselho Consultivo da Produtividade da Corporação da Industria – 1962 – 1966;

- Vogal do Conselho Consultivo do Instituto de Formação Profissional Acelerada – 1964 – 1967;

Vogal, designado, da Comissão de Formação, da Ordem dos Engenheiros – 1966 – 1970;

- Vogal, eleito, do Conselho Cultural da Ordem dos Engenheiros (Engenharia Civil – Secção Regional de Lisboa – 1969 – 1971);

- Consultor da SOPOL, adjudicatária, entre muitas outras obras, diversos escalões do Metropolitano de Lisboa, Viaduto Norte da Ponte sobre o Tejo e Barragem do Carrapatêlo;

- Vogal da Comissão encarregada de elaborar as especificações de FUNDAÇÕES, do LNEC – Especificações E 217, E 218, E 219 e E 220 – 1968;

- Vogal da Comissão Organizadora do I Congresso do Ensino de Engenharia – 1965;

- Vogal da Comissão Organizadora do Simpósio sobre as “Atribuições do Engenheiro Civil, no Projecto e na Execução de Edifícios” – Ordem dos Engenheiros – 1965;

- Vogal da Sub-Comissão do Regulamento de Estruturas de Betão Armado em Edifícios – 1966 – 1967;

- Vogal da Sub-Comissão do Regulamento de Betões e Ligantes Hidráulicos;

- Vogal da Sub-Comissão do Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado – 1982 – 1983;

- Vogal do Conselho Superior de Obras Públicas e Transportes, na qualidade de Professor de Construções Civis – 1978 – 1983.

PROFISSÃO LIBERAL – OBRAS REALIZADAS (1945)

  • Abastecimento de água à vila de Almada, com a construção dos reservatórios elevados de Monte da Caparica, Feijó e Vila Nova e, enterrados da Costa de Caparica e Trafaria, assim como a Central Elevatória da Quinta da Bomba (Alfeite);
  • Reservatório elevado, em Alhos Vedros, para uma fábrica de cortiça;
  • Armazém de vidro da Companhia Vidreira Nacional (COVINA);
  • Colector de descarga, em São Martinho do Porto;

ACTIVIDADE PROFISSIONAL

NA SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES AMADEU GAUDÊNCIO, S.A.

Ingressou nesta empresa de construções, quase em simultâneo, com o seu ingresso na vida académica.

Iniciou a sua actividade, igualmente por convite do Prof. Engº José Bélard da Fonseca (que era então sócio-gerente da sociedade), na qualidade de engenheiro-chefe.

Foi, a partir de 1955 seu sócio-gerente. Em 1975, a sociedade passou a ter a natureza de sociedade anónima e passou a ser Vice-Presidente do Conselho de Administração até 1977, data a partir da qual passou a ser Presidente do Conselho de Administração, até 1987. Desde esta data e até Dezembro de 1992, foi Presidente-Honorário.

Participou em inúmeras obras realizadas por esta empresa, cuja lista se indica, de forma sumária, dando-se, por vezes, a circunstância de participar na construção e no projecto (+).

EDIFÍCIOS E CONSTRUÇÕES RELIGIOSAS

  • Noviciado Dominicano, Fátima – 1953 (+);
  • Mosteiro do Rosário Perpétuo, Fátima – 1956 (+);
  • Seminário dos Padres Monfortinos, Fátima – 1958;
  • Instituto do Bom Pastor, Ermesinde – 1961;
  • Seminário dos Missionários de Maria, Fátima – 1962;
  • BLUE ARMY – Ave Maria Institute Corporation, Fátima – 1963;
  • Colégio Missionário Ultramarino, Barcelos – 1963 (+);
  • Capela e Anexos da Congregação das Filhas de Maria, Lisboa – 1963 (+);
  • Colégio Internato dos Carvalhos, Carvalhos-Porto, - 1965;
  • Colégio Luso-Britânico, Elvas – 1965;
  • Mosteiro de Santa Maria do Mar, Sassoeiros – 1966;
  • Colégio Universitário Pio XII, Lisboa – 1966;
  • Oficinas, Capela e Aulas das Oficinas de São José, Lisboa – 1967;
  • Missionárias preparadoras do Sagrado Coração de Jesus, Fátima – 1967;
  • Pia Sociedade Filhas de São Paulo, Apelação-Sacavém – 1967.

BANCOS, COMPANHIAS DE SEGUROS E OUTRAS INSTITUIÇÕES

  • Companhia de Seguros A Nacional, Lisboa – 1961;
  • Banco Borges & Irmão, Praça do Município, Lisboa – 1962 (+);
  • Banco Nacional Ultramarino, Sede, Rua Augusta, Lisboa – 1964 (+);
  • Sociedade Luso-Açoreana, Lisboa – 1965;
  • FORURBANA, Av. da Liberdade 258, Lisboa – 1967;
  • Hidro-Eléctrica do Alto Alentenjo, Lisboa – 1967;
  • Banco Português do Atlântico, Rua do Ouro, Lisboa – 1967 (+);
  • Banco Lisboa & Açores, Rua do Ouro, Lisboa – 1967 (+);
  • Banco de Angola, Porto – 1967.

EDIFÍCIOS PARA FINS CULTURAIS

  • Lycée Français Charles Lepierre, Lisboa – 1952 - 1955;
  • Museu do Caramulo, Caramulo – 1959 ;
  • Centro de Biologia de Oeiras da Fundação Calouste Gulbenkian – 1967;
  • Museu e Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa – 1967.

EDIFÍCIOS FABRIS E INDUSTRIAIS

  • Sociedade Nacional de Sabões, Marvila – 1948 (+);
  • Fábrica de Tintas de Sacavém, Dyrup – 1949;
  • Anglo-Portuguese Telephone, Lisboa – 1956;
  • Companhia Eléctrica Alentejo e Algarve, Beja – 1956;
  • Fábrica de Tintas Ch. Lorilleux, Lisboa – 1956;
  • Sociedade Nacional de Fósforos, Lisboa – 1957 (+);
  • Sociedade Nacional de Detergentes, Alhandra – 1960 (+);
  • Companhia Vidreira Nacional, Santa Iria da Azóia – 1961;
  • Companhia das Águas de Lisboa, Reservatório do Restelo – 1961;
  • Companhia Previdente, Alverca – 1962;
  • Companhia Portuguesa de Trefilaria, Sacavém – 1962;
  • Publicações Europa-América, Mem-Martins – 1965;
  • Sondagens Rôdio, Venda Nova – 1966;
  • FIMA- Fábrica Imperial de Margarina, Santa Iria da Azóia – 1966;
  • AEP _ Automática Eléctrica Portuguesa, Cabo Ruivo – 1967 (+);
  • Sociedade Química Lepetit, Amadora – 1967;
  • Compª Portuguesa Rádio-Marconi, Sesimbra (Moinhos) – 1967 (+)
  • Banco de Fomento Nacional – Edifícios e diversos trabalhos em Lisboa, Braga, Viana do Castelo, Vila Real, Bragança, Mirandela, Guarda, Coimbra, Faro – 1971 – 1973;
  • Banco Nacional Ultramarino – Edifícios e diversos trabalhos em Lisboa, Torres Vedras, Marinha Grande, São João da Madeira, Águeda, Guarda, Sertã, Alcácer do Sal, Santiago do Cacém, Odemira, Loulé, Vila Real de Santo António – 1970 – 1973;
  • Palácio da Ajuda – Adaptação à reunião da NATO – 1971.

PUBLICAÇÕES E INTERVENÇÕES PÚBLICAS

  • Lições do Curso da 16ª Cadeira – II parte – Betão Armado;
  • Lições de Betão Armado e Pré-Esforçado;
  • Lições do Curso de Estabilidade das Estruturas;
  • Lições do Curso de Edificações;
  • Porque não temos um laboratório de formigão armado – Técnica nº 81;
  • Determinação da fibra média dos Arcos de Alvenaria – Técnica nº 85;
  • Ensaios de vigas de betão armado – Técnica nº 126;
  • Compressão de aterros – Método Proctor – Técnica nº 128;
  • Betão Estanque – Técnica nº 132;
  • Ábaco para o calculo da potência de uma turbina – Técnica nº 138;
  • Avaliação das forças exteriores no caso de grandes túneis – Técnica nº 147;
  • Sugestões sobre a urbanização de Lisboa – Técnica nº 168;
  • Calculo de secções rectangulares de betão armado com armadura dupla – Técnica nº 179;
  • Barragens de enrocamento. Distribuição hipotética dos assentamentos – Técnica nº 194;
  • Laje encastrada em três lados e sem apoio no quarto lado – Técnica nº 201;
  • Problemas da Construção em Lisboa – Técnica nº 209/210;
  • A preparação profissional na Industrialização da Construção Civil – Comunicação ao XXIV Congresso Luso-Espanhol para o Progresso das Ciências – Técnica nº 289;
  • Bosquejo do livro “Calculo de Pórticos”, edição portuguesa da publicação de G.Kani (Edição AEIST) – 1962;
  • Responsabilidades do Engenheiro Civil, Técnica nº 347;
  • Responsabilidades do Engenheiro Civil, Memória nº 248 da Ordem dos Engenheiros. Igual ao anterior mas com um resumo trilingue;
  • Simpósio sobre as atribuições do engenheiro civil no projecto e na execução dos edifícios (Ordem dos Engenheiros) – 1965;
  • Recalcamento abaixo do nível freático – Comunicação às Primeiras Jornadas Luso-Brasileiras – 1965;
  • Evolução da técnica e materiais de construção em Engenharia Civil – Conferência Inaugural da VII Semana de Engenharia Civil, no IST – Fevereiro de 1970;
  • Habitação Popular – Problema Nacional, industria da Construção, nº 1;
  • A Construção em face da Conjuntura Nacional – Colóquio da Industria da Construção – 1970;
  • Curso de formação profissional, nº 509 do LNEC – Maio de 1975;
  • A Armação de Estruturas de Betão – Tradução da versão inglesa da obra do Prof. F. Leonhardt, da Universidade de Estugarda, para o CEB – International Course on Structural Concrete.


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